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MESA 1: DESENHO. ARTE. ARQUITETURA.

O Desenho pode ser considerado como uma linguagem, enquanto sistema de signos que serve de meio de comunicação de ideias, Cada povo, cada cultura, em cada época, apoiado sobre ideias determinadas, criou sua maneira particular de traduzir para uma superfície plana o mundo real. O patrimônio do Desenho é amplo, cheio de qualidades intrínsecas a sua própria feitura, é expresso de diversas formas e carrega diferentes significados. Neste vasto universo, intenciona-se nesta mesa, discutir a atual visão sobre o Desenho pelos professores atuantes nesta disciplina e artistas plásticos, seja no seu campo próprio, o das Belas-Artes, seja em outros domínios, como o da arquitetura. Embora a discussão centra-se no Desenho, tendo como pressuposto que o ensino universitário é aberto à complexidade disciplinar dos saberes afins, é inegável a interface com outras disciplinas.

 

A leitura do desenho também pode ser feita pelas características de sua feitura. Nesse sentido, destaca-se o desenho natural, que, por favorecer a experiência cognitiva da percepção visual e a aproximação intelectual aos fenômenos da ilusão visual, estimula e desenvolve capacidades cognitivas específicas, destrezas corporais e sensíveis, implicadas na representação gráfica mimética da realidade. O desenho do natural desenvolve a consciência de uma percepção sensorial alimentada pelo contato direto com a realidade. O desenho é um meio de expressão da cultura, da sociedade, do urbano.  Para se alcançar esta significância, antes do gesto do desenhar, há uma depuração, uma percepção do objeto, dos indivíduos, de suas relações, do espaço, dos edifícios e da cidade. O arquiteto percebe o espaço construído, seja pela arquitetura, seja pela cidade. Mas, o que significa perceber o espaço? A percepção não é a representação fiel do real. Ela se dá ao interagir com seu objeto, alterando-o. A percepção é alimentada pelas condições do lugar e do momento.

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