MESA2: DESENHO. HISTÓRIA. ENSINO.
O desenho guarda vínculos estreitos com a arquitetura e estes se associam às transformações culturais e sociais da prática arquitetônica. Presentes ao longo de toda história, estes vínculos permanecem até os dias de hoje quando ganham espaço os meios informatizados de produção. Em determinados momentos esses vínculos são tensionados e se instauram rupturas na linguagem arquitetônica, nesse colóquio pretendemos discutir essas oposições internas latentes nos dias de hoje na produção e na prática da arquitetura.
Um desses momentos de grande tensão entre o projeto e sua representação foi durante o Renascimento, onde tem inicio a elaboração de uma teoria sobre a representação gráfica. O tratado de Leon Battista Alberti, De re aedificatoria, de 1452, estabelece o conceito de desenho como um conjunto de operações realizadas pela mente humana, como desígnio, desejo. “Especialmente à noite, quando os meus estímulos me mantém acordado e atento (...) compor com a mente ou edificar algum muito bem composto edifício e dispor mais ordens e número de colunas com diferentes capitéis e bases incomuns e de convenientes relações com novas e graciosas arquitraves ou cornijas e novos quadros e placas.” (Leon Battista Alberti, Della tranquillità dell’animo.)